A tecnologia e as oportunidades para PMEs

Por Monica Nietsche em

No último ano, o setor brasileiro de tecnologia cresceu 5,9%, representando 6,5% do PIB nacional. Esses dados da Brasscom, associação que concentra 77 empresas de tecnologia e telecomunicações do Brasil, mostram a dimensão da atuação tecnológica, que segue em crescimento.

Cenário excelente para o contínuo investimento em criação e desenvolvimento de outras frentes de inovação de negócios.

Um setor que tem evoluído constantemente com a tecnologia é o de PMEs. Por esse motivo, muitos esforços têm se concentrado também na criação de produtos inteligentes e adaptáveis às necessidades não apenas de consumidores, mas também de empreendedores.

Não é à toa que essas empresas encontraram mais possibilidades quando passaram a atuar de forma mais tecnológica e estratégica. Empresas Saas (Software as a Service) e muitos outros produtos disponibilizam o acesso a softwares e outras aplicações via internet como um serviço mediante assinatura e permitem que a tecnologia seja ainda mais acessível.

Do lado dos consumidores, especialmente no aspecto financeiro, com as carteiras digitais ficou fácil realizar as transações por aproximação (NFC), sendo que os pagamentos podem ser feitos de forma instantânea e até mesmo sem a cobrança de taxas (PIX).

Além disso, os bancos digitais permitem diversos serviços a um clique, muitos sem cobrar pelas contas, uma prática dos bancos tradicionais e que encarecem nos bolsos.

Para os empreendedores, a inteligência de dados com a ajuda de algoritmos avançados permite aproveitar toda essa inovação nas finanças.

Possibilita, por exemplo, analisar o comportamento dos consumidores que frequentam um restaurante ou loja e oferece insights para captação e retenção de clientes. Também é uma aliada na criação de estratégias de marketing.

Assim, o dono ou gestor do estabelecimento passa a entender melhor o seu público e consegue oferecer de forma ainda mais personalizada o que o cliente busca, seja por meio de promoções, pratos ou produtos especiais. Até mesmo brindes, descontos, entre outras possibilidades de fidelização, entram nesse cenário.

Antes, o que parecia possível apenas para grandes empresas – que podiam aderir às tecnologias – se tornou também uma realidade para pequenos negócios.

O canal online não pode se separar do offline e a tendência é que eles atuem cada vez mais em conjunto e se complementando.

Afinal, a integração estratégica entre esses dois momentos oferece uma experiência completa para clientes, extrai e oferece resultados que promovem crescimento, além de aumento da produtividade para os empreendedores.

Cultura e tecnologia como pilar na construção de novos negócios

No iFood, atuamos com duas bases que fazem parte da nossa cultura para a construção de novos produtos e negócios. A primeira delas é a ambidestria, para crescer e ser rentável. Essas atividades precisam caminhar juntas, e não serem escolhidas entre uma ou outra.

Além disso, o segundo pilar é o ato de falhar rápido e aprender com esse erro também, pois isso pode ser positivo para o desenvolvimento do negócio, se gerar um aprendizado ou um insight valioso que permita aprimorar a performance.

Errar faz parte de todo processo de aprendizado, mas quando aprendemos com nosso erro de forma rápida, conseguimos ajustar a rota e nos adaptar com mais facilidade e acertar de maneira consciente.

Daniela Zylberkan, Head de Growth & Marketing de iFood Benefícios.

FONTE: TIinside

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