E-commerce B2B: um caminho sem volta

Por Rafael Ogeda em

e-commerce B2B

e-commerce B2B: Pode parecer algo novo para muitos, mas esse relacionamento virtual entre empresas está ganhando cada vez mais espaço

Esse relacionamento virtual entre empresas está ganhando cada vez mais espaço, e é uma demonstração de como a tecnologia impacta diversos setores, inclusive os mais tradicionais, como é o caso da cadeia de bens de consumo.

Essas tecnologias impactam diretamente o dia a dia das pessoas, que buscam cada vez mais conforto, flexibilidade de tempo e acesso as novidades.

Esse é um movimento natural, se observarmos as mudanças nas novas gerações e nos relacionamentos.

Para se ter uma ideia, de acordo com dados da 28ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), até outubro deste ano, o Brasil terá um smartphone em uso por habitante, ou seja, mais de 208 milhões de aparelhos. Isso sem contar os 162,8 milhões de computadores existentes (entre notebooks, tablets e desktops), o que equivale a uma média de quatro computadores para cada cinco habitantes

28ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas

Quando iria se imaginar que as transações por internet banking superariam as realizadas em agências, por exemplo? E esse número já foi alcançado em 2014! (52%, segundo a Federação Brasileira dos Bancos – FEBRABAN)

e-commerce B2B atinge os maiores números

O mesmo fenômeno acontece nos relacionamentos comerciais. Enquanto se fala tanto no crescimento das lojas online para consumidores finais, é o e-commerce B2B que atinge os maiores números.

Em relação a negócios, costumamos olhar para os Estados Unidos para identificar tendências, e por lá o mercado de e-commerce B2B já é duas vezes maior que o B2C.

Segundo dados de outra consultoria, a Forrester Research, o mercado B2B lá superou os US$ 800 bilhões em 2016, em comparação com US$ 398 bilhões do nicho B2C, no mesmo período.

Impacto na rotina da área de vendas

Muitos podem se questionar: como fica a figura do vendedor nessa história?

Ele continua sendo parte importante no processo, mas será cada vez mais pressionado para agir de forma consultiva, agregando valor e conhecimento ao negócio dos clientes.

Neste cenário, o vendedor passa a atuar como um gerente de relacionamento, uma vez que as transações de compra e venda acontecem no meio digital.

O mero tirador de pedidos não terá mais espaço no mercado e, por isso, ele deve se diferenciar.

O que faz as empresas adotarem o e-commerce B2B

Isso está muito relacionado à ideia de “omnichannel“, que é outra tendência irreversível e significa vender por diferentes canais que estejam em sintonia e conversem entre si. Ou seja, para aumentar os resultados, o importante é atender o cliente da forma que lhe for conveniente, mas que a sua experiência seja positiva em todos os casos.

Como cada canal possui seus pontos positivos e seus desafios, é possível otimizar os resultados quando pensamos em conjunto.

Por exemplo:  a distância e o horário comercial limitam o vendedor, e o e-commerce B2B supera essas limitações.

A falta de um relacionamento no e-commerce B2B pode ser suprida por ligações do vendedor após o orçamento e visitas esporádicas para discutir as necessidades de negócio do cliente.

Realizando pedidos de reposição de forma mais automatizada com o e-commerce B2B, o vendedor ganha tempo para agir de forma mais estratégica, buscar novos clientes e aumentar ainda mais os seus resultados.

São motivos como esses que fazem grandes indústrias adotarem o e-commerce B2B.

Para se ter uma ideia, empresas como Unilever, Ambev, Grupo Martins, Mercedes-Benz, Bic, ArcelorMittal e Goodyear já apostam nessa estratégia para aumentar sua presença nos mercados onde atuam.

Tecnologia acessível para empresas de todos os portes

Mas utilizar um e-commerce B2B para profissionalizar o seu negócio e aumentar seus resultados não é um privilégio apenas das multinacionais.

Há tecnologia acessível a empresas de todos os portes. Milhares de fabricantes, distribuidores e até representações comerciais já abraçaram essa estratégia no seu dia a dia.

Em tempos de incerteza econômica, aumentar ao mesmo tempo o faturamento e a pulverização da carteira de clientes, é um grande diferencial para o negócio.

Analisando todos os dados, fica claro que hoje o e-commerce B2B ainda é um diferencial, mas em breve será um pré-requisito.

A questão que fica não é SE você vai adotar um e-commerce B2B no seu negócio, mas QUANDO.


FONTE: TI Inside