Frete é principal motivo de ‘abandono de carrinho’ no e-commerce.

Da pequena à grande empresa, o abandono de carrinhos por potenciais clientes pesa na última linha do balanço, mas poderia ser evitado com uma boa logística
O consumidor entra no site, navega, escolhe os produtos, adiciona ao carrinho e sai sem comprar.
No jargão do varejo digital, esse movimento é chamado de abandono de carrinho. É um fenômeno comum, que expõe o fosso entre a intenção de compra e a conversão efetiva no e-commerce.
Da pequena à grande empresa, o abandono de carrinhos por potenciais clientes é algo que pesa na última linha do balanço.
“Entre as pequenas, cada perda compromete o caixa e o custo de aquisição. Nas grandes, representa milhões em faturamento perdido”, explica Mário Rodrigues, CEO da Frete Rápido.
Segundo a terceira edição do relatório Panorama da Gestão Logística no E-commerce Brasileiro, realizado pela Frete Rápido em parceria com a nstech, o custo do frete é o que faz o cliente abandonar o carrinho em 51% das empresas entrevistadas.
O alto número de produtos abandonados em carrinhos virtuais é sintoma de algo maior: “Poucos centros de distribuição, e mal localizados, aumentam distâncias, elevam custos de transporte e resultam em fretes caros”, afirma Rodrigues.
Além disso, problemas de infraestrutura, mão de obra, cobertura de transportadoras e processos lentos ampliam o prazo de entrega.
O consumidor, por sua vez, prefere pagar um pouco mais pelo produto em outro site que entregue melhor.
Isso faz com que o e-commerce perca vendas justamente no momento decisivo da compra, tornando o investimento em tráfego ineficaz.
“O resultado é um ciclo de prejuízos que poderia ser evitado com logística mais próxima e eficiente”, diz o CEO da Frete Rápido.
Cria-se um ‘War’ dos galpões
Segundo Rodrigues, a falta de armazéns em locais estratégicos pode elevar o custo do frete em 20% a 30%, já que aumenta distâncias e reduz eficiência.
Empresas que operam com múltiplos centros de distribuição conseguem reduzir gastos logísticos em até 25% e encurtar prazos de entrega de 5 a 7 dias para 1 a 2 dias.
“É por isso que grandes players, especialmente os marketplaces como Mercado Livre, Shopee e Amazon, vêm abrindo galpões em todo o país com a estratégia de avançar o estoque.
Essa prática comprova como a proximidade da mercadoria ao consumidor gera benefícios claros: menor custo, mais agilidade e uma melhor experiência de compra”, finaliza.
A estratégia do Meli, por exemplo, tem sido ampliar sua malha logística nacional para acelerar entregas e aumentar a capacidade de estoque, seguindo o crescimento constante do seu e-commerce desde a pandemia.
A companhia de e-commerce ultrapassou, recentemente, a marca de 2 milhões de metros quadrados alugados para seus galpões A e A+ no território nacional, segundo dados da Binswanger Brazil.
E, nessa corrida pela entrega mais barata, o mercado de imóveis voltados ao last mile ou “última milha” na capital paulista, vem avançando na última década.
Tratam-se de galpões localizados num raio de até 15 quilômetros do centro cidade, representando a etapa final da cadeia de distribuição.
Em 2014, São Paulo contava com cerca de 870 mil metros quadrados de galpões isolados e condomínios de galpões. Nos cinco anos seguintes, esse número ficou praticamente estagnado, a área total aumentou
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