O que é RPA
A Robotic Process Automation é uma tecnologia baseada em software que utiliza robôs de software para simular a execução humana de um processo de negócios. Isso significa que ele executa a tarefa em um computador, usa a mesma interface que um trabalhador humano faria: clica, digita, abre aplicativos, consulta sites, usa atalhos de teclado entre outras ações repetitivas.
Com o RPA robôs de software imitam e integram ações humanas em sistemas digitais para otimizar processos de negócios. O RPA captura dados, executa aplicativos, aciona respostas e se comunica com outros sistemas para executar várias tarefas, usando para isso Inteligência Artificial, Machine Learning e Chatbots.
O que ele faz?
É predominantemente usado para automatizar processos e tarefas
de negócios, resultando em reduções nos gastos, diminuindo o time to
market, dando às empresas uma vantagem competitiva.
O RPA é versátil e flexível o suficiente para ser usado em um negócio de
todos os tamanhos, de start-ups a organizações empresariais.
Bots programáveis:
Um robô programável é definido por regras e instruções definidas.
Parâmetros precisam ser definidos pelos programadores antes que
o bot possa começar a trabalhar. Em última análise, isso envolve o
mapeamento de um processo – passo a passo – que pode consumir
muito tempo para tarefas mais complexas.
Benefícios do RPA
Podemos considerer que algumas das vantagens da automação vão de encontro aos anseios da maioria das empresas e por isso podemos filtrar as três máximas abaixo:
Trabalho Automatizado
Uma das principais vantagens ou a mais predominante do RPA é que a tecnologia permite o trabalho automatizado – aliviando trabalhadores humanos de processos repetitivos, como entrada de dados e manipulação de dados, permitindo que trabalhadores humanos se concentrem em tarefas complexas de valor agregado que são mais benéficas para os negócios.
Redução de erros e custos humanos
As fraquezas às quais os trabalhadores humanos estão propensos – particularmente durante longas tarefas repetitivas – causadas pelo cansaço e pelo tédio, são completamente mitigadas com o RPA. Isso resulta
em um trabalho mais preciso, oportuno e consistente, garantindo que tempo e dinheiro não sejam perdidos, corrigindo trabalhos ou criando duplicações.
Funciona na infraestrutura de TI existente e é não invasivo O RPA trabalha em conjunto com a infraestrutura de TI já existente; só necessita de treinamento de como usá-lo. Esse é um grande benefício para as organizações que usam sistemas legados.
Ele interage com a infraestrutura de front-end e usa a mesma interface gráfica do usuário, ou seja, a mesma que os trabalhadores humanos usariam para concluir uma tarefa, garantindo que o cenário de TI não precise ser alterado para acomodar o RPA, mantendo os custos no mínimo.
Em resumo o RPA é a aplicação de software como uma força de trabalho virtual. Ele é gerido por regras e lógica de negócios definidas pelos desenvolvedores do RPA.
Ele pode executar tarefas complexas exatamente como um trabalhador humano, emulando a interação dentro de uma interface, dando aos desenvolvedores a oportunidade de criar uma força de trabalho que imite o mesmo caminho manual que um humano levaria, com apenas uma fração do custo.
RPA e empresas brasileiras
A InterGATE desenvolve RPAs para automatizar sua API de integração para os ERPs, SAP BUsiness One e TOTVS Protheus com outros sistemas, tendo em vista que nossa API é passiva assim se utiliza de RPAs para chamar os objetos do nosso conector. Saiba mais..
As empresas brasileiras podem se adequar à implantação de sistemas automatizados e para isso, precisam passar por uma mudança corporativa de mindset.
“O primeiro passo é compreender que não se trata de uma moda ou tendência, mas sim um caminho que já iniciou e está em plena evolução, ou seja, não há volta. Quanto mais rápido as empresas estiverem estruturadas, investindo para ter um processo robusto e sólido de automação e governança, maximizará a redução de custos de SG&A (Selling, General and Administrative Expenses) e sua produtividade em backoffice”, afirma Leandro De Santi, head de CSC do Grupo Fleury.
Segundo explica De Santi, quando se fala em RPA a primeira associação que é feita é a substituição de funcionários físicos por funcionários digitais. “Isso faz parte do jogo, mas os benefícios do RPA transcendem esse tipo de ganho. Existe a diminuição do Lead Time de grandes processos, o valor agregado à experiência do cliente, suporte ao crescimento das empresas de maneira sustentável, segurança da informação e sobretudo a possibilidade de dedicar os recursos em atividades que exigem o uso da capacidade analítica e julgamento.
Logicamente esse processo passa pelo engajamento e sensibilização das pessoas e isso vai do C-Level ao corpo técnico. Os usuários não podem ter medo de serem substituídos e instintivamente sabotarem o modelo, por outro lado precisam se conscientizar que precisam aprimorar o seu background para que possam ser realocados para atividades analíticas”.
Para ele, os líderes têm papel fundamental nessa transformação, pois além da mudança de gerir cada vez mais equipes digitais, deverão lidar com o grande desafio de transformar o medo da perda do emprego de suas equipes, em oportunidade de aprendizado e desenvolvimento.
Assim como outros softwares, quando foram lançados eram operados apenas por especialistas e hoje em dia fazem parte de um pacote com outras dezenas de ferramentas. Por isso acreditamos que acontecerá o mesmo com as ferramentas de RPA.
O que o futuro do RPA trará?
O mercado internacional está se reanalisando há cada 3 meses pelas mudanças que ocorrem de maneira muito rápida no mundo datecnologia de RPA. E assim como a tecnologia, também as muitas nuances econômicas dos países também oscilam dependendo de momentos de mercado ou ao sabor dos acontecimentos políticos. Diante de um cenário de recessão, o RPA só pode acrescentar às empresas.
Gosto de lembrar que a automação tem dois aspectos:
- Produtividade
- Redução de custos
“Assim, em momentos de recessão e incertezas, é natural que as empresas estejam inseguras em fazer investimentos em coisas novas, mas como as vantagens explicitas da automação e a rapidez no desenvolvimento dos projetos, fica claro o porquê da sua grande aceitação”, analisa Weslyeh Mohriak, da Automation Anywhere.
Mais e mais empresas estão planejando implementar o RPA nos próximos anos. À medida que ele se torna mais difundido, os usos para ele se tornarão mais variados.
Já é possível identificar sinais de que o RPA está sendo usado além da entrada de dados. Ele pode ser usado para outros processos demorados, como reconhecimento de e-mail e conversão de arquivos e irá incorporar o Machine Learning e algoritmos cognitivos como IA para aplicar um julgamento cada vez mais preciso e aprender como executar processos em um ritmo mais rápido.
Também é provável que nos próximos anos (se não meses?) reduzirá a terceirização à medida que o RPA se torne uma solução mais barata.
Uma das principais discussões no mundo da tecnologia no momento é como os empregos humanos serão afetados pela RPA. Os críticos argumentam que a eliminação generalizada de empregos ocorrerá e que os ambientes de trabalho serão transformados.
Não há como negar que alguns trabalhos serão substituídos pelo RPA. No entanto, isso seria ignorar a imagem mais ampla, pois há uma grande variedade de funções que podem surgir como resultado do RPA.
Historicamente, a nova tecnologia quase sempre resultou na criação de mais empregos, e a incorporação generalizada do RPA não será diferente.
O RPA não vai apenas criar novos empregos. Ele também tem a capacidade de aprimorar os trabalhos atuais, fornecendo aos trabalhadores humanos as ferramentas de automação de processos robóticos necessárias para se concentrarem em tarefas de alto valor.
FONTE: TI Inside