Marketplaces, um mundo de oportunidades de vendas
Você já fez alguma compra on-line em algum marketplace?
O estudo “Cenário da Adoção do Marketplace Online”, realizado pela Mirakl em 2021, mostrou que 86% dos brasileiros reconhecem que a compra on-line é uma ótima forma de consumir produtos.
E com certeza este resultado teve muito impacto da pandemia, que acelerou bastante o e-commerce até porque ele foi a única alternativa para muitos pequenos varejistas naquele período.
E é exatamente neste cenário que os marketplaces tem crescido e ganhado bastante força, principalmente os cinco grandes players – Mercado Livre, Americanas s.a. , Magazine Luiza, Via e Amazon , que juntos representaram 78% de participação deste mercado, com um faturamento conjunto de R$ 203,4 bilhões em 2022.
Mas será que vale mesmo a pena para os pequenos e médios varejistas entrarem em um marketplace?
Os benefícios podem ser vários, desde o baixo investimento no desenvolvimento da loja, controles, logísticas, meios de pagamento, além da possibilidade de exposição dos produtos.
Mas como sei que muitas vezes acabamos superestimando alguns benefícios e subestimamos os riscos, que acabam inevitavelmente aparecendo no dia a dia da operação, quero destacar quais seriam estes principais riscos e alguns cuidados necessários que os lojistas precisam ter consciência antes de tomarem as decisões.
Principais riscos e cuidados necessários
1 – Margem pode ser mais baixa
Para vender em um marketplace, o lojista deverá pagar uma taxa de comissão que pode chegar até 20% do valor da venda. Por isso, é necessário ter uma boa gestão financeira sobre o que será vendido, pois talvez nem todos os produtos devam entrar no mix de vendas.
2 – Briga por preço, frete e prazo
De maneira bem resumida, o marketplace será um lugar com vários lojistas vendendo o mesmo produto, portanto, a briga será basicamente por preço, frete e prazo. Mais uma vez, é necessário ter uma boa gestão financeira para não vender com prejuízo.
3 – Baixa fidelidade
A reflexão aqui é simples. Por exemplo, a pessoa que compra no marketplace da Amazon é cliente de quem? Da loja que vendeu o produto ou da Amazon? Dos dois, você pode pensar e tecnicamente estaria correto. Mas na cabeça do cliente, ele comprou da Amazon e, possivelmente, o pacote que chegará na casa dele estará em uma embalagem com a marca da Amazon.
Esta premissa serve para qualquer marketplace, portanto, é necessário compreender que a relação maior do cliente será inicialmente com a marca do marketplace, mas não significa que o lojista não deverá se preocupar com o relacionamento e a experiência do cliente desde a compra até no pós-vendas.
4 – Não é fácil se diferenciar
Estar em um grande marketplace não é garantia nem de exposição e nem de vendas. Muito pelo contrário, como falei no item 2, a concorrência pode ser feroz e não adianta apenas ter preços e prazos competitivos se o cliente sequer chegar na loja.
Neste sentido, é necessário também ter capacidade de investimento no que chamamos de retail media, para patrocinar e destacar seus produtos no marketplace.
Por fim, os marketplaces não serão nunca uma fórmula mágica de vendas para o varejo, mas podem ser uma grande ferramenta para os pequenos e médios varejistas melhorarem o olhar estratégico e a forma de gestão dos negócios, tornando-os mais sustentáveis.
Imagem de jannoon028 no Freepik
FONTE: Linkedin
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